Integridade em foco – o que os financiadores esperam das fundações de apoio
Quais são as expectativas dos financiadores públicos e privados quando se trata de integridade, conformidade e gestão de riscos em projetos geridos por fundações de apoio? Esta mesa aproxima as fundações do ponto de vista dos financiadores, promovendo uma escuta estratégica sobre os critérios que norteiam decisões de financiamento, exigências de compliance e práticas que fortalecem relações institucionais baseadas em confiança, transparência e responsabilidade.
Participam da conversa dois profissionais que atuam diretamente na gestão de riscos e conformidade em instituições financiadoras, trazendo perspectivas complementares do setor público e do setor empresarial.
Daniel Lança
Diretor de Compliance da Gasmig (Companhia de Gás de
Minas Gerais)
Com ampla experiência no setor energético e em governança corporativa, lidera a área de compliance da Gasmig, responsável por assegurar a integridade das relações da empresa com seus parceiros e fornecedores. Atua diretamente na avaliação de riscos e na formulação de critérios que garantem a lisura e a responsabilidade no uso de recursos em projetos apoiados pela companhia. Sua experiência traz à mesa a visão do financiador privado sobre práticas que inspiram confiança institucional nas parcerias com fundações.
Superintendente de Conformidade, Integração e Gestão de Riscos (Acir) da Finep
À frente da área de conformidade de uma das mais importantes agências de fomento à ciência, tecnologia e inovação do Brasil, sua atuação envolve a definição de políticas e critérios de integridade institucional, análise de riscos e integração de controles internos nos processos de financiamento. Traz para o debate a perspectiva do financiador público federal, com foco em governança, prestação de contas e confiança na execução dos recursos públicos por parte das fundações.
Marcus Alvarenga
Cristiano Coimbra
Coordenador-Geral de Auditoria da Área de Educação Superior e Profissional na Controladoria-Geral da União
Auditor Federal de Finanças e Controle da CGU, é formado em Ciências Contábeis, Mestre em Administração, e tem especialização em Controladoria e em Gestão Fiscal. Na Controladoria-Geral da União desde 2007, atuou em auditoria nas áreas relacionadas a políticas públicas sociais, como Assistência Social, Educação Superior, Educação Profissional, com participação em Ciência, Tecnologia e Inovações. Atualmente exerce a função de Coordenador-Geral de Auditoria das Áreas de Educação Superior e Profissional.
Atendimento de excelência ao coordenador de projetos: expectativas, práticas e caminhos de melhoria
A relação entre os analistas das fundações de apoio e os coordenadores de projetos é central para o bom andamento de iniciativas de ensino, pesquisa e extensão. Mais do que por processos, este vínculo é sustentado por diálogo, compreensão mútua e compromisso com a excelência. De um lado, é essencial que os colaboradores das fundações compreendam as especificidades do fazer científico e acadêmico, dominem as normas dos diferentes financiadores e atuem com flexibilidade e abertura diante das dinâmicas naturais dos projetos. De outro, espera-se que os coordenadores encontrem na fundação uma parceira confiável, que lhes ofereça suporte eficiente, clareza nos processos e segurança para que possam se dedicar às suas atividades-fim. Esta mesa convida à reflexão sobre como construir essa relação de confiança, alinhar expectativas e identificar boas práticas para que o atendimento ao coordenador de projetos não seja apenas eficiente, mas também humanizado e sensível às demandas do ensino, pesquisa e extensão.
André Ricardo Massensini
Professor do Departamento de Fisiologia e Biofísica do ICB/UFMG
Atua na área de Neurociências com ênfase na sinalização celular do acidente vascular cerebral e nanomedicina aplicada ao AVC. Foi pró-reitor adjunto de pesquisa e coordenador geral do projeto de Laboratórios de Campanha da Rede Vírus do MCTI para diagnósticos da covid-19.
Gerente de Projetos Fundep
Administrador com MBA em Gestão de Projetos pela PUC Minas. Experiência em projetos de pesquisa, cultura e educação, com foco em PMBOK e metodologias ágeis. Idealizou iniciativas de redução de custos na Faculdade Unimed e projetos de eficiência e serviços na Fundep.
Thiago Mariano
Paulo Kurka
Professor da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp
É assessor Ad-Hoc de diversas agências de fomento ao ensino e pesquisa e já coordenou comitês assessores do Ministério da Ciência, Tecnologia Inovação (MCTI) e do Ministério da Indústria e Comércio (MDIC) na análise de projetos das leis do Bem e Inovar Auto.
Lei nº 14.831/2024 e a Certificação em Saúde Mental: desafios e caminhos para as fundações de apoio
A Lei nº 14.831/2024 institui o Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental, com início de vigência em maio de 2025. A legislação inaugura uma política pública voltada à promoção da saúde mental e do bem-estar dos trabalhadores, sinalizando um novo paradigma para a gestão de pessoas no setor público e privado. Esta mesa convida as fundações de apoio a refletirem sobre seus papéis e responsabilidades nesse contexto, considerando os desafios da implantação de políticas de cuidado no trabalho, bem como as oportunidades estratégicas de adesão à certificação.
Profa. Kely César Martins de Paiva
Palestrante
Professora e pesquisadora da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG com ampla trajetória em estudos sobre gestão, pessoas e trabalho. No campo da pesquisa, ela tem coordenado projetos interdisciplinares voltados para temas comportamentais, como valores pessoais, qualidade de vida no trabalho, estresse, burnout, suporte no trabalho, prazer e sofrimento no trabalho, competências profissionais, dentre outros. Os resultados de suas investigações têm sido divulgados junto aos públicos-alvo, promovendo reflexões e instigando possibilidades de intervenção, nas quais as prioridades são o indivíduo-trabalhador, seu ambiente laboral e políticas e práticas de gestão mais saudáveis, humanas e produtivas.
Fundações de apoio, ciência e democracia: desafios éticos e estratégias para o progresso social
Renato Janine Ribeiro
Horário
16h às 17h30
Palestrante
Com base em sua atuação na SBPC e sua longa trajetória como professor, filósofo e gestor, o ex-ministro da Educação Janine Ribeiro vai discutir o papel público da ciência, os riscos do negacionismo, os dilemas éticos da pesquisa e as estratégias possíveis para gerar impacto social positivo por meio do conhecimento.